Hoje uma mãe perdia uma filha enquanto segurava a outra, mais pequenina; em pranto convulsivo, ambas. Um camião e um ligeiro. Uma amálgama de chapa e de corpo. Uma breve vida interrompida. E uma procissão de pessoas amorfas que se prostravam perante a tragédia, na curiosidade mórbida do que poderá acontecer-lhes um dia.
Provavelmente iam a casa almoçar, ou passar a tarde na praia. Todos os projectos ficaram ali, entre o sonho e a estrada.
O meu instrutor, homem carrancudo e agressivo, cujos berros fariam tremer qualquer um de nós aprendente da condução, disse-me, num dia mais sereno: Menina, isto é uma máquina de matar pessoas.
Outra vez as máquinas, outra vez o homem e a mulher na sua relação hipermoderna com esses aparelhos que ganharam vida própria depois de os termos inventado. Outra vez duas máquinas levaram a melhor sobre uma vida, rasgando-a em pedaços, essa vida que mal começava!
Mas afinal: é a máquina que mata as pessoas ou são as pessoas que fazem com que a máquina se transforme numa assassina?
Provavelmente iam a casa almoçar, ou passar a tarde na praia. Todos os projectos ficaram ali, entre o sonho e a estrada.
O meu instrutor, homem carrancudo e agressivo, cujos berros fariam tremer qualquer um de nós aprendente da condução, disse-me, num dia mais sereno: Menina, isto é uma máquina de matar pessoas.
Outra vez as máquinas, outra vez o homem e a mulher na sua relação hipermoderna com esses aparelhos que ganharam vida própria depois de os termos inventado. Outra vez duas máquinas levaram a melhor sobre uma vida, rasgando-a em pedaços, essa vida que mal começava!
Mas afinal: é a máquina que mata as pessoas ou são as pessoas que fazem com que a máquina se transforme numa assassina?
1 comentário:
Para mim, os automóveis são potenciais caixões. E dizem q em portugal não temos guerra. Pois não: temos uma guerra civil nas estradas.
bxz
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